domingo, 10 de janeiro de 2010

Estrutura interna e externa de Os Lusíadas

Estrutura interna
Camões respeitou com bastante fidelidade a estrutura clássica da epopeia. N’ Os Lusíadas são claramente identificáveis quatro partes:

Proposição — O poeta começa por declarar aquilo que se propõe fazer, indicando de forma sucinta o assunto da sua narrativa; propõe-se, afinal, tornar conhecidos os navegadores que tornaram possível o império português no oriente, os reis que promoveram a expansão da fé e do império, bem como todos aqueles que se tornam dignos de admiração pelos seus feitos.

Invocação — O poeta dirige-se às Tágides (ninfas do Tejo), para lhes pedir o estilo e eloquência necessários à execução da sua obra; um assunto tão grandioso exigia um estilo elevado, uma eloquência superior; daí a necessidade de solicitar o auxílio das entidades protectoras dos artistas.

Dedicatória — É a parte em que o poeta oferece a sua obra ao rei D. Sebastião. A dedicatória não fazia parte da estrutura das epopeias primitivas; trata-se de uma inovação posterior, que reflecte o estatuto do artista, intelectualmente superior, mas social e economicamente dependente de um mecenas, um protector.

Narração — Constitui o núcleo fundamental da epopeia. Aqui, o poeta procura concretizar aquilo que se propôs fazer na “proposição”.


Estrutura externa
Os Lusíadas estão divididos em dez cantos, cada um deles com um número variável de estrofes, que, no total, somam 1102. Essas estrofes são todas oitavas de decassílabos heróicos, obedecendo ao esquema rimático “abababcc” (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos).

1 comentário:

  1. Bom Resumo sobre estrutura externa e interna, tenho teste dia 19-2 e isto vem ajudar as coisas completamente. Continuem

    Atenciosamente

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