sábado, 31 de outubro de 2009

Trabalhos de Grupo Auto da Barca do Inferno

Parabéns ao Ricardo e à Roselyne pelo trabalho concretizado!
Com o vosso empenho a nossa página começa a ganhar vida... e ser professor continua a fazer sentido! Obrigada aos dois e a toda a turma!
Delfina Vernuccio

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Judeu

Cena do Judeu
1. Percurso cénico: O Judeu tenta entrar na Barca do Inferno mas não consegue. O Diabo acaba por permitir que se desloque a reboque na Barca do Inferno.
2. Símbolos cénicos e seu simbolismo: Bode – salvação dos pecados, purificação, o que explica o apego do Judeu ao seu símbolo, mesmo depois da morte. (Símbolo da religião judaica).
3. Caracterização directa e indirecta da personagem-tipo: ladrão, má pessoa, avarento, indecoroso e profano.
4. Argumentos de defesa e argumentos de acusação:
De acusação do Diabo e do Parvo:
- Violação de sepulturas cristãs;
- Consumo de carne em dias de jejum.

Argumentos de defesa:
- Não tem argumentos de defesa pois como é judeu não crê na religião católica e não acredita que possa ter salvação.
5. Tipo(s) de cómico usado(s):
Linguagem- à utiliza o registo de língua popular nos insultos ao parvo e ao Diabo


.. Situação - aparece com o bode às costas e termina a reboque da Barca do Inferno (didascália de entrada: “com um bode às costas; e, chegando ao batel dos danados, …”)

6. Registo de língua usado pela personagem-tipo: Calão - Pragas que roga ao Diabo

Os quatro Cavaleiros

CENA DOS QUATRO CAVALEIROS
1.Percurso cénico: Cais - Barca da Glória.
2. Símbolos cénicos e seu simbolismo: Cruz de Cristo que simboliza a fé católica dos cavaleiros, as espadas e os escudos, que simbolizam a apologia da Reconquista e da Expansão da Fé Cristã
3. Costumes (“mores”) censurados por Gil Vicente: os prazeres e os pecados.
4. Levantamento das várias expressões que os quatro Cavaleiros usam para se referirem à Barca da Glória: “barca segura” , “barca bem guarnecida” , “barca da vida” e “barca mui nobrecida”).
5. Auto de Moralidade:Na cantiga cantada pelos quatro Cavaleiros está condensada a moralidade da peça, reflexo da ideia que a Igreja tinha sobre a vida e o mundo. Gil Vicente pretende transmitir que quem faz o bem na Terra e espalhou a fé cristã é recompensado no Céu e quem acredita em Deus, quando morrer terá uma “vida” calma e tranquila.. Gil Vicente, ao criticar os costumes, hábitos e vícios da sociedade, queria transmitir uma moral a toda a sociedade; pretendia que toda a sociedade, ao ver a peça, se risse, mas ,em simultâneo, criticava os '' podres '' da sociedade daquele tempo.
A moralidade está condensada nos seguintes versos: “Vigiai – vos, pescadores, que depois da sepultura neste rio está a ventura de prazeres ou dolores. Gil Vicente com estes versos, pretendia transmitir que depois da '' vida terrestre '', cada pessoa era recompensada ou '' amaldiçoada '' conforme a sua vida na terra.
6. Caracterização das personagens: Ao contrário do que acontece com as outras personagens, nada nos é dito sobre a sua vida ou morte, a não ser “morremos nas Partes de Além[…] pelejando por Cristo” .

terça-feira, 27 de outubro de 2009

À sombra de Olesya...

A minha sombra fazia parte de mim... acompanhava-me durante os dias de sol, mas à noite desaparecia, evaporava, perdia-se no negro da noite...e de manhã voltava para viver mais um dia ao meu lado.

Durante o Inverno adoeci. Não pude ir à escola, saír à rua, brincar na neve. Limitava-me a ficar na cama desde o momento em que acordava até voltar a adormecer. Foi assim durante duas semanas. Quando recuperei e voltei à vida normal, senti algo diferente... uma estranheza invadia-me o corpo, um vazio perseguia-me... não sabia o que era, até que um dia em que as nuvens deram lugar ao sol descobri! Descobri a razão do vazio... era a minha sombra! Ela já não estava à minha direita, nem à minha esquerda, nem à minha frente, nem atrás de mim, dependendo da posição do sol. Será que se tinha cansado de estar à minha espera ou ter-se-ia perdido no infinito da minha gripe? Ou talvez ainda estivesse a recuperar, também ela, da doença.

Esperei... o Inverno passou , depois a Primavera e, chegado o Verão, a sombra não aparecia. Foi aí que cheguei à conclusão de que as sombras são traiçoeiras... Não suportam ficar à espera. Mas então e eu? Eu, que esperara por ela a noite toda? É injusto!

As sombras desaparecem, vão procurar outro alguém para acompanhar, encarnar a nova forma, imitar os novos movimentos... Perdi a minha sombra e não a perdoarei, mas ficarei à espera que outra sombra me encontre e me acompanhe...



Olesya Lychuk, a propósito do livro O Homem sem Sombra

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Enforcado

Cena do Enforcado
1-Percurso cénico: o enforcado dirige-se à Barca do Inferno, onde embarca.

2-Símbolos cénicos e o seu simbolismo: O único símbolo cénico é o baraço (ou corda), que simboliza o pecado.
3-Caracterização directa da personagem: - “ Bem-aventurado”.

Caracterização indirecta da personagem: -ingénuo,confiante na palavra dos outros,facilmente influenciável.

4-Argumentos de defesa:Confiança na palavra de Garcia Moniz, purgatório era o Limoeiro,baraço era santo,orações feitas no momento de execução
Argumentos de acusação:Ladrão

5-Os costumes (“mores”) censurados por Gil Vicente: Os costumes censurados são o engano dos mais fracos por pessoas com responsabilidade (Garcia Gil, Mestre da Balança da Moeda de Lisboa); a doutrina, ou seja, o sistema.
6-A intenção critica de Gil Vicente: ao escolher esta personagem Gil Vicente foi denunciar as falsas doutrinas que invertem os valores da conduta social.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Sapateiro




1. Percurso cénico: Cais - Barca do Inferno - Barca da Glória- Barca do Inferno (embarque)


2. Símbolos cénicos e seu simbolismo:Avantal e formas: símbolos da sua profissão , portanto, da classe artesã e dos pecados que carrega consigo.


3. Caracterização directa e indirecta da personagem-tipo: Caracterização directa: aldrabão, ladrão, desonesto, malcriado/indecoroso.

Caracterização indirecta: pecador, excomungado, autoconfiante , explorador
4. Argumentos de defesa e argumentos de acusação: Argumentos de defesa do Sapateiro:. Ia à missa,adorava os santos e levava-lhes oferendas,morreu confessado e comungado

Argumentos de acusação do Diabo:Explorou o povo com o seu trabalho, roubou o povo durante 30 anos,ia à missa e logo a seguir ia roubar, ou seja, praticava a religião de forma incorrecta, morreu excomungado, calou 2 mil enganos.

Argumentos de acusação do Anjo: Não viveu direito nem honestamente, roubou o seu povo, a cárrega embaraça-o, ou seja, o pecado impediu-o de se salvar.
5. Tipo(s) de cómico usado(s): Cómico de linguagem: "...quatro formigas cagadas que podem bem ir i chantadas."
6. Registo de língua usado pela personagem-tipo: O registo de língua usado é o calão: "...e da puta da barcagem.", "...nem à puta da badana..

O Frade

1. Percurso cénico: - Cais à Barca do Inferno à Barca da Glória à Barca do Inferno à Embarque



2. Símbolos cénicos e seu simbolismo: Amante (Florença) -Infidelidade a Deus, “mulher do padre”;Espada, escudo, casco – Guerra; Cruz – Religião e fé.


3. Caracterização directa e indirecta da personagem-tipo:

Caracterização Directa - O Frade auto-caracteriza-se como “cortesão” , ou seja, alguém que está familiarizado com os hábitos da corte. Mais tarde, assume-se como “namorado” e “dado a virtude” que tem “tanto salmo rezado”.

Assim, desde logo esta personagem assume, de forma directa, uma vida dupla como frade, que usa hábito e reza orações e que também é da corte, que namora, canta, esgrima e toca viola.

Caracterização Indirecta - As suas atitudes, também certificam que é um padre pecador, que levava uma vida boémia, em vez de se dedicar afincadamente ao serviço que prestava a Deus e em auxílio de quem precisasse.

Mostra que é obstinado quando se nega a entrar na Barca do Inferno, convencido de que as suas rezas e o simples hábito de Frade lhe garantirão um outro destino. Do mesmo modo, também não aceita que Florença entre nessa barca, o que pode denunciar que o Frade não estava ainda consciente de ter vivido uma vida de pecado.


4. Argumentos de defesa e argumentos de acusação: Argumentos de acusação – Ser mundano e não cumprir os votos de castidade e de pobreza; Argumentos de defesa - O seu estatuto (Frade) e o facto de ter rezado muito na sua vida.


5. Tipo(s) de cómico usado(s): Cómico de linguagem - “Devoto padre marido”;

Cómico de situação - a entrada do frade em cena com a moça pela mão;Cómico de carácter - pensava que a relação proibida com a moça seria perdoada pelas suas muitas rezas.


6.. Intencionalidade do nome dado por Gil Vicente à companheira do Frade:

A intencionalidade do nome dado por Gil Vicente à companheira do Frade (Florença), é que Florença representa uma cidade italiana considerada o berço do Renascimento; além disso essa cidade foi governada pela família Médici, protectora dos judeus, iniciando uma longa relação da família com a comunidade judaica, que se tornaria comprometedora com a inquisição.


7. .Exemplos de ironia: “ Gentil padre mundanal, / a Berzabu vos encomendo.”;“ Devoto padre marido, / havês de ser cá pingado.; O padre Frei capacete! / cuidei que tínheis barrete!”

Recursos estilísticos

A pedido de alguns alunos, uma vez que o manual de nono ano não contempla esta informação, aqui vão alguns dos recursos estilísticos mais utilizados no Auto da Barca do Inferno. Continuação de bom trabalho!


Antítese- consiste no constraste entre dois elementos ou ideias.

Exs do Auto da Barca do Inferno:

- “Anjo- achar-vos-ês tanto menos

Quanto mais fostes fumoso”  Cena do Fidalgo

- “Sapateiro- (...) comungado

Diabo- E tu morreste excomungado”  Cena do Fidalgo



Comparação- consiste em confrontar duas realidades distintas para realçar analogias ou diferenças.



Metáfora- consiste numa espécie de comparação à qual falta o primeiro termo e a partícula comparativa. Muda-se a significação por semelhante.



Ironia- consiste em atribuir às palavras um significado diferente daquele que na realidade têm, sugerindo, em geral, o contrário do que se quer, de facto, dizer.

Exs do Auto da Barca do Inferno:

- “Diabo- Ó poderoso dom Anrique,

Cá vinde vós? Que cousa é esta?”  Cena do Fidalgo

- “Diabo- Quem reze por ti?

Hi hi hi hi hi hi hi hi hi”  Cena do Fidalgo

- “Diabo- Embarqu’a a vossa doçura”  Cena do Fidalgo

- “Diabo- Santo sapateiro honrado”  Cena do Sapateiro

- “Diabo- Fezeste bem, que é fermosa”  Cena do Frade

- “Diabo- Devoto (fiel) padre marido....”  Cena do Frade

- “Diabo- Oh amador de perdiz

Gentil cárrega trazês!”  Cena do Corregedor e do Procurador



Eufemismo- consiste no uso de uma expressão por outra, para evitar ou atenuar uma realidade desagradável

Exs do Auto da Barca do Inferno:

- “Fidalgo- (...) parti táo sem aviso....” (morreu)  Cena do Fidalgo

- “Diabo- Pera a infernal comarca.” (Inferno)  Cena do Onzeneiro

- “Diabo- Pera o lago dos danados”  Cena do Sapateiro

- “Diabo- Pera aquele fogo ardente....”  Cena do Frade



Hipérbole- consiste no recurso ao exagero, a fim de dar ênfase ao pensamento.

Exs do Auto da Barca do Inferno:

- “Fidalgo- Como pod’ rá isso ser,

Que m’ escrevia mil dias?”  Cena do Fidalgo

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Alcoviteira

1. Percurso cénico: Cais→barca do inferno→barca da glória→barca do inferno(embarque)

2. Símbolos cénicos e seu simbolismo: Os símbolos cénicos da alcoviteira são: seiscentos virgos postiços, três arcas de feitiços, três almários de mentir, cinco cofres de enleos, alguns furtos alheos, jóias de vestir, guarda-roupa d’encobrir, casa movediça um estrato de cortiça com dous coxins d’encobrir e as moças que vendia . Estes símbolos cénicos representam a sua actividade ligada à prostituição e o seu carácter manhoso, enganador. Representam ainda os roubos que fazia.
3. Caracterização directa e indirecta da personagem-tipo:  A caracterização da Alcoviteira é sobretudo indirecta. Brísida era mentirosa (“três almários de mentir”), mexeriqueira(“cinco cofres de enleos”), ladra(“alguns frutos alheos”), cínica(“trago eu muita bofé”), convencida(“e eu vou pera o paraíso”),enganadora(“barqueiro mano meus olhos”).


4. Argumentos de defesa e argumentos de acusação: Argumentos de defesa – levava bofé; era uma mártir; levou açoites; servia a Sé; era perfeita como os apóstolos e anjos e fez coisas muito divinas; salvou todas as suas meninas . Argumentos de acusação – a vida de prostituta, a hipocrisia.

5. Tipo(s) de cómico usado(s):- Cómico de linguagem - "barqueiro mano, meus olhos"; "cuidais que trago piolhos?"- Cómico de carácter - "eu som apostolada...fiz cousas mui divinas".

6. Intenção de Gil Vicente ao criar esta personagem: crítica individualizada ou crítica de outros sectores da sociedade: - Gil Vicente faz crítica às alcoviteiras.Critica as outras classes nomeadamente o Clero.

7. O sentido da palavra alcoviteira na obra estudada e o que  tem actualmente:  O sentido da palavra alcoviteira na obra refere-se àquelas mulheres que exploravam sexualmente outras mulheres levando-as a prostituírem-se. Actualmente alcoviteira é a mulher que vive a falar mal das outras pessoas, a fazer intrigas.

O Parvo em Gil Vicente

O Parvo é convertido numa éspecie de comentador independente da acção, pondo à mostra, com os seus disparates, o ridículo das personagens convencidas do seu papel.
Em Gil Vicente, a função do Parvo não é apresentar-se a si próprio, nunca sendo observado pelo interesse que em si mesmo possa oferecer, mas tem como função criar efeitos cómicos, irresponsáveis e alheados de si.
Na Barca do Inferno, comenta as pretensões de alguns condenados.
O Parvo chega ao cais distinguindo-se dos outros mortos, pois considera a Barca do Diabo como sendo a Nave dos Loucos.
Durante a peça do Auto da Barca do Inferno, interfere diversas vezes, sendo constante característica a sua linguagem desbragada, que tanto é injuriosa como optimista, fazendo de si um ser louco, completamente à parte, liberto de regras e constrangimentos, em que a ordem não exerce qualquer tipo de poder.
Até o Diabo, com ele se sente impotente.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Análise global do Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.

Estrutura

O auto não tem uma estrutura definida, não estando dividido em actos ou cenas, por isso para facilitar a sua leitura divide-se o auto em cenas à maneira clássica, de cada vez que entra uma nova personagem.


Resumo da Obra

A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:
um Fidalgo, D. Anrique;
um Onzeneiro;
um Sapateiro de nome Joanantão;
Joane, um Parvo;
um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
Brísida Vaz, uma alcoviteira;
um Judeu usurário chamado Semifará;
um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
um Enforcado;
quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.

Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objectivo pelo qual  fica no cais é animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens; é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.


Sátira Social

Gil Vicente fez a análise impiedosa das moléstias que corroíam a sociedade em que viveu para propor um caminho decidido de transformação em relação ao presente.
Normalmente classificada como uma moralidade, muitas vezes ela aproxima-se da farsa; o que indubitavelmente fornece ao leitor/espectador é uma visão, ainda que parcelar, do que era a sociedade portuguesa do século XVI. Apesar de se intitular Auto da Barca do Inferno, ela é mais o auto do julgamento das almas.

Personagens

As personagens desta obra são divididas em dois grupos: as personagens alegóricas e as personagens – tipo. No primeiro grupo inserem-se o Anjo e o Diabo, representando respectivamente o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno. Ao longo de toda a obra estas personagens são como que os «juízes» do julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados e vida terrena. No segundo grupo inserem-se todas as restantes personagens do Auto, nomeadamente o Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro, o Parvo (Joane), o Frade, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor e o Procurador e os Quatro Cavaleiros. Todos mantêm as suas características terrestres, o que as individualiza visual e linguisticamente, sendo quase sempre estas características sinal de corrupção.
Fazendo uma análise das personagens, cada uma representa uma classe social, ou uma determinada profissão ou mesmo um credo. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem elementos simbólicos, que representam a sua vida terrena e demonstram que não têm qualquer arrependimento dos seus pecados.

Humor

Surgem ao longo do auto três tipos de cómico: o de carácter, o de situação e o de linguagem. O cómico de carácter é aquele que é demonstrado pela personalidade da personagem, de que é exemplo o Parvo, que devido à sua pobreza de espírito não mede as suas palavras, não podendo ser responsabilizado pelos seus erros. O cómico de situação é o criado à volta de certa situação, de que é bom exemplo a cena do Fidalgo, em que este é gozado pelo Diabo, e o seu orgulho é pisado. Por fim, o cómico de linguagem é aquele que é proferido por certa personagem, de que são bons exemplos as falas do Diabo.

Auto da Barca do Inferno

Auto da barca do Inferno-Trabalho de Grupo – guião de trabalho

Grupo I – cena do Onzeneiro                 Grupo II- Sapateiro e Parvo
Ricardo e Roselyne                                Andreia, Cristiana, Neide
Data de apresentação: 3 Novembro       Data de apresentação: 6 Novembro

Grupo III – Frade e Alcoviteira             Grupo IV - Judeu
Cláudia, Olesya, Brian                          Alex, Flavius, Lincoln
Data de apresentação: 10 Novembro   Data de apresentação: 13 Novembro

Grupo V – Corregedor e Procurador     Grupo VI – Enforcado e Cavaleiros
Kerolyne e Anastasia                             Marco, João, Ruben, Yassine
Data de Apresentação: 17 Novembro    Data de apresentação: 20 Novembro

Vida e obre de Gil Vicente
Análise da(s) cena(s) PPT
Tipos de cómico
Recursos estilísticos
Caracterização de personagens
Símbolos e adereços caracterizadores da personagem / tipo social
Percurso cénico e destino da personagem
Resposta às questões do manual
Contextualização histórica da(s) personagem(ns) representada(s)

Dramatização da cena


BOM TRABALHO!
Docente: Delfina Vernuccio